terça-feira, 27 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

corujinha-do-mato

Corujinha-do-mato
Local: Sítio no Pouso Alegre de Baixo - Jaú-SP
Data: 11/09/2011

Primeiro registro para Jaú, fotografado por Silvana Baccan

Atenção defensores das aves livres!

Uma mudança na Instrução Normativa (IN) nº15/2010 do Ibama pode prejudicar a vida de milhares de passarinhos.

Em dezembro de 2010, o Ibama publicou a IN limitando o número de espécies de passeriformes passíveis de criação comercial e amadora.

Em reação, os criadores comerciais se reuniram com o Ibama com o objetivo de reescrever a regulamentação para legalizar o comércio de um número maior de espécies.

Se o Ibama aprovar as propostas dos criadores, crescerá o número de passarinhos que poderão ser criados e comercializados como animais de estimação legalmente.

Envie a carta já! Com uma simples atitude, você pode ajudar a diminuir o número de passarinhos mantidos em cativeiro no Brasil.

Animal silvestre não é pet! Por isso, diga não às mudanças da IN nº15! Peça já ao Ibama que mantenha a limitação do número de espécies de passarinhos que podem ser criadas como animais de estimação, enviando a carta em anexo à presidência do Ibama.

Quanto mais pessoas escreverem, mais conseguiremos mostrar que o Ibama tem o apoio popular. A sua carta será assinada em seu nome e encaminhada ao órgão competente.

Mais informações:

http://e-activist.com/ea-action/action?e...n.id=11658

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

tico-tico-do-campo

Tico-tico-do-campo
Local: estrada do João da Véia - Jaú-SP
Data: 02/07/2011

William Belton

William “Bill” Belton e a Ornitologia no Rio Grande do Sul

Texto de Walter A. Voss


William “Bill” Belton é natural de Oregon – estado das grandes florestas dos Estados Unidos da América
do Norte. Nasceu a 22 de maio de 1914, em Portland, capital do Estado. Belton veio pela primeira vez ao Rio Grande do Sul em 1946, na qualidade de Cônsul de seu país, residindo em Porto Alegre até 1948. Mas, encantado com a paisagem e sua gente, frustra‑se como birdwatcher (que ele também era!) em não encontrar pessoas com o mesmo  hobby e, muito mais, pela total falta de literatura de referência. Esta decepção, no entanto, fez com que tivesse um vislumbre de voltar para cá, após a sua aposentadoria, e descobrir a tão rica avifauna, para si e para os outros.
Voltou ao Rio Grande do Sul em 1970, mas desta vez como ornitólogo, a fim de tornar realidade o que fora
apenas uma idéia. Radicou‑se em Gramado, RS, na época apenas uma pequena cidade na Serra gaúcha. Com uma Rural Willys, um trailer e um auxiliar, começou a esquadrinhar os mais de 280 mil quilômetros quadrados de superfície do Estado. Levou 12 anos para concluir tal empreitada! O resultado final foi um
levantamento minucioso da avifauna existente, quanto a sua composição e distribuição no Estado, e com dados complementares das espécies, relativos a sua biologia e ecologia.
Logo a sua chegada, Belton também procurou contatar pessoas que, em nível acadêmico, tivessem interesse em aves: encontrou três ou quatro. Para estimular o interesse na Ornitologia de campo, organizou e ministrou em Osório, RS, o primeiro “Curso de Extensão”, em 1972, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Os alunos foram confrontados com técnicas e equipamentos então ainda desconhecidos em nosso meio, como gravação e play-back de vozes, telescópios, redes de neblina, marcação de aves, check-lists, guias de campo, nomenclatura científica atual etc.
Em 1974, uma segunda edição desse curso foi ministrada por um aluno do curso anterior e teve um importante adendo: no final seria fundado, pelos presentes, uma atvidade naturalística e recreativa ainda hoje muito pouco conhecida no Brasil. Belton foi o mentor!
Em 1978 é ministrado, pelo próprio Belton, um curso inaugural para o recém‑criado CEMAVE – Centro
de Estudos de Migrações de Aves, a convite da Dra. Maria Tereza Jorge Pádua, do IBDF, em Brasília, DF, e contando também com a participação científica do saudoso ornitólogo Helmut Sick, do Museu Nacional.
Por volta de 1980, Belton foi convidado pelo então Secretário Especial do Meio Ambiente, Dr. Paulo No‑
gueira Neto, para participar de um sobrevôo de inspeção de áreas no Rio Grande do Sul, indicadas como reservas ecológicas: Aracuri, Taim e Lagoa do Peixe. Na indicação de Aracuri, a influência de Belton foi incisiva; nas do Taim e Lagoa do Peixe ele teve forte ingerência.
O legado mais chamativo de Belton, o livrinho “Aves silvestres do Rio Grande do Sul”, publicado pela Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, está hoje na quarta edição e constitui uma introdução para leigos ao conhecimento de nossas aves, como ele próprio gostaria de ter encontrado nos anos 40! (Hoje, muitos profissionais na área confessam terem sido inspirados pelo mesmo!). A obra “Birds of Rio Grande do Sul”, com tradução já na segunda edição em Português, pela UNISINOS, é um compêndio indispensável para os estudiosos da avifauna gaúcha, além das numerosas contribuições suas publicadas em periódicos especializados.
Analisando a produção bibliográfica em geral, versando sobre a avifauna do Rio Grande do Sul, com 842
títulos conhecidos desde o início (em 1884) até o ano 2000, citam‑se 36 títulos conhecidos nos 86 anos anteriores a 1970 e 806 títulos após 1970, sendo 70 títulos já na década dos anos 70 e 13 títulos na década anterior. Face a isso, pode‑se concluir, até, que exista uma “era a.B” (ante Belton) e uma “p.B” (post Belton).
É verdade que, na época da chegada de Belton, o estudo das aves aqui já estivesse evoluindo naturalmente,
mas também se pode afirmar que essa evolução “natural” foi tremendamente turbinada com a presença de William“Bill” Belton!

P.S. William Belton faleceu no dia 25 de outubro de 2009, em Rocky Hollow, Great Cacapon, WV, Estados
Unidos.

Fonte: http://www.ararajuba.org.br/sbo/ararajuba/artigos/Volume172/ara172necr.pdf